sábado, 5 de outubro de 2013

A principal teoria creditada à origem da Lua afirma que ela surgiu após o choque de um grande planeta, do tamanho de Marte ou maior, contra a Terra

A Lua tem 100 milhões de anos a menos que se pensava, aponta estudo do Instituto de Ciência Carnegie, nos Estados Unidos, divulgado nesta segunda-feira (23). A descoberta pode, segundo os cientistas, mudar a forma como se entende os primeiros anos de existência da Terra e de seu satélite natural.

A principal teoria creditada à origem da Lua afirma que ela surgiu após o choque de um grande planeta, do tamanho de Marte ou maior, contra a Terra. Essa colisão teria ocorrido há 4,56 bilhões de anos, logo após a formação do Sistema Solar.

Contudo, análises recentes de rochas lunares levaram cientistas a estimar uma nova data para esse choque, que teria acontecido antes do estimado, por volta de 4,4 bilhões e 4,5 bilhões de anos atrás.

"Novas questões surgem a partir dessa formação mais tardia da Lua", diz o cientista Richard Carlson. "Por exemplo, se a Terra já era um planeta estabelecido antes do grande impacto, não teria esse choque posto fim à atmosfera vigente até então?", questiona.

Segundo Carlson, estimar a idade de grandes corpos do Sistema Solar, como a Terra e a Lua, não é tão simples quanto de corpos menores, como os asteroides.

"Quando se trata de Terra e Lua não existem respostas precisas. A Terra provavelmente demorou bem mais para se desenvolver e chegar ao tamanho atual do que um pequeno asteroide, por exemplo, e todo passo dado em direção a esse crescimento tende ter apagado - ou, ao menos, embaralhado - as evidências de eventos anteriores."

Mas há quem sustente a versão de que a Lua é ainda mais nova. Acredita-se que logo após sua formação, a Lua teria abrigado um grande "oceano de magma", e rochas desse oceano tiveram a idade estimada de 4,36 bilhões de anos. Já na Terra, as evidências encontradas do choque que originou a Lua datam de 4,45 bilhões de anos.

Para as duas hipóteses, ainda não confirmadas, a Lua seria ainda mais recente do que o apontado pelo novo estudo.

Fonte: Jornal da Ciência.

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